terça-feira, 18 de maio de 2010

Queluz: História


Exibir mapa ampliado

História

Queluz teve sua origem interligada ao papel de Lorena, no povoamento da região. Nasce a partir de um aldeamento de índios Puris (o mais recente da região). Em 1842, torna-se vila e em 1876, cidade.
O nome Queluz é homenagem ao solar português onde nasceu Dom Pedro I. O Município desenvolveu-se com a cultura do café e que deixou importante marcos rurais, como as sedes, ainda existentes das fazendas do Sertão, São José, Restauração, Bela Aurora, Regato, Cascata e outros.
Conseqüentemente nos deixando uma grande contribuição para a História do Vale e do país, com a preservação da nossa cultura, através do patrimônio arquitetônico das fazendas do café.
Se localiza entre municípios limítrofes são Resende (RJ) a norte e a nordeste, Areias a sudeste, Silveiras a sul,Lavrinhas a oeste e os mineiros Paasa-quatro,Itanhandu e Itamonte a noroeste.

Por Louise Gabriela Pereira e Cássio

Guararema: Geografia e História


Exibir mapa ampliado

Dados Geográficos do Município de Guararema

Guararema é um município do estado de São Paulo, localizado no Vale do Paraíba, com uma população de 26.974 habitantes e possui uma área de 270,5 km2, o que resulta numa densidade demográfica 101, 988 hab./km2.
Tem limite com os municípios: Jacareí a nordeste, Santa Branca a leste, Salesópolis a sudeste, Biritiba-Mirim a sul, Mogi das Cruzes a oeste e Santa Isabel a noroeste, sua distância da capital é de 76 km.


História

Entre os numerosos núcleos de povoações surgidos no interior de São Paulo, logo que a População da sede da Capital iniciou a dispersão rumo às matas e apontada na região do médio Paraíba, no topo de uma colina circundada por montanhas e aldeamento de índios, fundado em meados do século XVI, por Gaspar Cardoso, Capitão Mor de Mogi das Cruzes e que se tornou mais tarde Arraial da Escada.
Nesse local, em 1654, os frades capuchinhos, levantaram uma capela em louvor a Nossa Senhora da Escada, segundo dizem por que havia uma escada entre a barragem do rio e o lugar onde se ergueu a capela. Pelo seu crescente e freqüente progresso foi o Arraial da Escada elevado a Freguesia da Escada, pela Lei n° 09 de fevereiro de 1846.
Porém, esse fato foi revogado pela Lei n° 06 de 23 de maio de 1850, pois o Arraial teve atrofiado sua propriedade em conseqüência da atração exercida pelos outros vizinhos. Só em 1872, pela Lei n° 01 de 28 de fevereiro foi definitivamente elevado a Distrito de Paz. Foram seus primeiros dirigentes: Benedito Antonio de Paulo, Antonio de Mello Franco e Joaquim Alves Pereira. Como vigário da nova paróquia que surgia, veio o Padre Miguel Piement e a 03 de julho de 1872, a capela de Nossa Senhora da Escada foi instituída canonicamente e hoje faz parte do Patrimônio Histórico Nacional.
Em 1875, Dona Laurinda de Souza Leite a fim de auxiliar uma ex-escrava, Maria Florência, fez-lhe doação de um quinhão de terra situado às margens do rio Paraíba, em lugar plano e distante 6 km do Arraial da Escada, pouco acima do ribeirão Guararema. Levada por sentimentos religiosos, Maria Florência deliberou construir numa parte do terreno recebido uma capela para o santo padroeiro de sua devoção, São Benedito.
Aos poucos foram se estabelecendo outros moradores nos arredores da capela, formando-se um vilarejo que recebeu o nome de "Guararema" (do tupi guarani - Pau D’Alho), devido à abundância dessa árvore naquela região. Em julho de 1876, inaugurou-se o trecho da E.F.C.B. entre Mogi das Cruzes e Jacareí com passagem da estrada de ferro pela Vila, que se desenvolveu rapidamente e por Decreto de 08 de janeiro de 1890, a sede do Distrito da Paz da Escada foi transferida para o povoado de Guararema, que foi elevado a categoria de Município pela Lei n° 528 de 03 de julho de 1898 e como tal instalada a 19 de setembro de 1899.
Com a instalação da Primeira Câmara Municipal de Guararema, foram empossados: Major José de Paula Lopes, Joaquim Paião, Maximino Prudêncio de Mello, Benedito de Souza, Joaquim Alves Pereira e Benedito de Souza Ramalho.
Em 23 de setembro de 1899, foram realizadas eleições dos Poderes Municipais, sendo presidente o Major Paula Lopes e Vice-Presidente Joaquim Paião. Foram Intendentes Municipais: Benedito de Souza Ramalho, Secretário músico e compositor Julio Cezar Nascimento, Comissão de Justiça e Finanças Major de Paula Lopes e Joaquim Alves Pereira, Comissão de Obras Públicas e Higiene, Benedito de Souza Ramalho, Benedito Pinto de Souza e Maximino Prudêncio de Mello.
O Município conta atualmente com uma 319ª Zona Eleitoral e Delegacia de 3ª Classe, pertencente ao DEMACRO, subordinada a Seccional de Mogi das Cruzes.
Nos dias de hoje Guararema pode ser considerada como a divisa entre a agitação dos grandes centros e o jeito interiorano de viver, sem pressa. Começou a formar-se em terras doadas a uma ex-escrava e, dessa dádiva, surgiu um lugar de gente devota e amistosa. Essa devoção fica clara na preservação da Igreja de Nossa Senhora da Escada, a construção histórica mais antiga do Vale do Paraíba. O seu desenvolvimento deu-se na queda da produção cafeeira, quando houve procura por outros meios de sobrevivência, como a pecuária, agricultura e o turismo. Apesar da proximidade de São Paulo, Guararema optou por continuar sendo uma cidade pequena, calma e acolhedora, sendo garantia de muita paz e sossego aos que nela entrarem.

Por Islaine Cristina Moraes dos Santos

Santo Antônio do Pinhal: Geografia e História


Exibir mapa ampliado

Geografia

Fundação: 13 de Junho de 1.860
Gentílico: Pinhalense
Mesorregião: Vale do Paraíba Paulista
Microrregião: Campos do Jordão
Área: 132,886 km²
População: 6.896 habitantes
Hidrografia: Rio da Prata
Rodovias: SP-46 SP-50 SP-123
Ferrovias: Estrada de Ferro Campos do Jordão

Estância Climática

Santo Antônio do Pinhal é dos 15 municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo Estado de São Paulo. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional.


História

Após índios e bandeirantes, ouro e escravos, no Sertão do alo do Sapucaí Mirim em 1785 é concedida a primeira sesmaria da região pela Capitania de São Paulo. Um conflito se instalou por muitos anos, por causa da disputa da divisa entre as Capitanias de São Paulo (1714) e Minas Gerais (1720). Sertão do Alto da Serra para os Paulistas que não aceitavam a divisa, e para os mineiros, seria no alto da Serra da Mantiqueira, região denominada Sertão de Camanducaia. Em 1809, foi aberto um caminho pelos mineiros em terras habitadas pelos paulistas da Vila de Pindamonhangaba que já possuíam as sesmarias na região, mas logo foi fechado pelo então capitão-mor Ignácio Marcondes do Amaral. Após um acordo amigável em 1811, ficou combinado que continuaria aberta a estrada com uma guarda mantida por São Paulo no lugar denominado sertão em terras de Claro Monteiro do Amaral, cerca de 10 km acima de Sapucaí Mirim. Na região onde existe hoje a Cidade de Sapucaí Mirim, estabeleceram-se diversos moradores sob a proteção do Capitão Manoel Furquim de Almeida, representante de Minas. Essas terras eram reclamadas pelo paulista Inácio Caetano Vieira de Carvalho, antigo sesmeiro, que conseguiu reavê-las em 1813 com intervenção da câmara de Pindamonhangaba a seu favor. Em abril do ano seguinte, houve um contra movimento por parte de Minas retirando a guarda do local combinado e, em julho foi instalado Introdução um quartel ano, a Câmara de Pindamonhangaba obrigou os mineiros a retirarem o quartel, que ficou abandonado até novembro quando foi queimado pelas autoridades de Pindamonhangaba. A denominação “Quartel Queimado” figura nos documentos de 1847 e no mapa de Minas de 1855. Com a abertura oficial da estrada em 1811, ligando as duas Capitanias, a região começou a prosperar. Com a fundação da Freguesia de São Bento do Sapucaí em 1828, as terras do alto da Serra ficaram pertencendo à nova freguesia. Foram feitas muitas doações para a Capela de Santo Antônio no local denominado Fazenda Pinhal. A mais conhecida delas ocorreu em 11 de abril de 1856, quando o senhor Antônio José de Oliveira e sua mulher doaram terras ao santo de sua devoção. Após cem anos de submissão, os descendentes dos antigos povoadores decidiram conquistar a independência. O antigo bairro do Pinhal dependia unicamente de São Bento do Sapucaí, mas graças aos esforços de heróis pinhalenses, após demandas judiciais, comemorou-se a emancipação em 1960.

Por Ana Paula Bezerra de Pontes e Natália Franciele de Castilho Piedade

Santa Isabel: Geografia e História


Exibir mapa ampliado

Geografia

Segundo estudos do IBGE no ano de 2009 a população estimada do município de Santa Isabel era de 46.902 mil habitantes numa área de 361, 494 Km² que se resulta numa densidade de 129,03 hab/km² e tendo como PIB aproximadamente R$ 359.216,00 anuais.
O clima da cidade é subtropical, assim como toda região metropolitana de São Paulo, a temperatura anual é em torno dos 18ºC, julho é o mês mais frio (média de 14ºC) e fevereiro o mais quente (media de 22ºC), no Verão o clima é pouco quente e chuvoso, no Inverno o clima é frio e ameno.
As cidades de Jacareí, Nazaré Paulista, Igarata, Guararema, Mogi das Cruzes, Arujá e Guarulhos são os municípios limites de Santa Isabel nos sentidos de noroeste, norte, nordeste, sudeste e sudoeste e sua distancia ate a capital é de 49 km.
As principais rodovias de acesso a cidade é a SP 56 – Rodovia Vereador Albino Rodrigues Neves (Estrada de Santa Isabel) e a BR 116 – Rodovia Presidente Dutra, rodovia esta que dá acesso diretamente as principais avenidas da cidade, a Avenida Manoel Ferraz de Campos Salles e a Avenida Brasil onde se localizam a prefeitura e o estádio municipal.

História

No ano de 1720, aconteceu a Revolta de Vila Rica, o que tornou as vidas dos Valeparaibanos que viviam em vilas de mineração mais difícil e com isso esse pessoal espalhou-se pelo Vale do Paraíba, assim foi iniciando a história de Santa Isabel, existia próxima a cidade de Jacareí uma fazenda, “A Morro Grande”, nesta fazenda já habitavam pequenos números de índios e escravos, e este povoado foi crescendo com a vinda destes valeparaibanos e com o passar do tempo mais famílias foram se estabelecendo, atraídas pelo comércio em desenvolvimento, e pela abertura da estrada que ligava o Vale do Paraíba a São Paulo. Após um século a fazenda denominada A Morro Grande, teve sua transformação para Vila Santa Isabel, e no ano de 1832 foi criado o município de Santa Isabel, cujo nome foi dado em homenagem a Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal.

Por Ana Paula da Costa e Cássia Mariano

São Luís do Paraitinga: História


Exibir mapa ampliado

Geografia

Fundação 8 de maio de 1769 (240 anos)
Gentílico luisense
Unidade federativa São Paulo
Mesorregião Vale do Paraíba Paulista
Microrregião Paraibuna/Paraitinga
Região metropolitana
Municípios limítrofes Lagoinha (N), Cunha (NE), Ubatuba (SE), Natividade da Serra (SO), Redenção da Serra (O) e Taubaté (NO).
Distância até a capital 170 km Características geográficas
Área 617,148 km²
Densidade 17,5 hab./km²
Altitude 741 m
Clima Tropical
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,754 médio PNUD/2000
PIB R$ 67.043 mil IBGE/2005
PIB per capita R$ 6.238,00 IBGE/2005

História

No final do século XVIII, o Vale do Paraíba era a região mais povoada da Capitania de São Paulo e tornou-se uma importante zona de penetração para o interior, quando os Bandeirantes se dirigiam ao sertão em busca de índios, pedras e metais preciosos. Em conseqüência desse trafego, surgiram vários núcleos de povoamento, como Taubaté e Moji das Cruzes, daí então que o Capitão Vieira da Cunha e João Sobrinho de Moraes alegaram pretender povoar a região dos sertões da Paraitinga e, por isso, receberam do Capitão de Taubaté, Felipe Carneiro de Alcaçouva e Souza as primeiras sesmarias da então Vila de Guaratinguetá, que havia explorado todo aquele sertão, apresentou ao Governador, capitão-general D.Luís Antonio de Souza Botelho Mourão, um requerimento em que vários povoadores lhe pediam para fundar junto ao Rio Paraitinga e entre Taubaté e Ubatuba, uma nova povoação. A 2 de Maio de 1.769 essa petição foi deferida, recebendo a povoação o nome de São Luís e Santo Antonio do Paraitinga, sendo a padroeira Nossa Senhora dos Prazeres. No dia 8 de maio de 1.769 o sargento mor Manoel Antonio de Carvalho foi nomeado fundador e governador da nova povoação. Um incentivo do governador geral estimulou a mudança de mais gente para o local que foi elevada à Vila em janeiro de 1.773, instalada a 31 de Março do mesmo ano. Por lei provincial a 30 de Abril de 1.857 foi elevada a categoria de cidade e por título de 11 de junho de 1.873 obteve a denominação de "Imperial Cidade de São Luís do Paraitinga".

Desde os primeiros tempos de vila, São Luís caracterizou-se como entreposto de tropeiros, tendo suas primeiras atividades econômicas ligadas à agricultura de subsistência: feijão, mandioca, milho e cana de açúcar. A Vila teve rápido progresso de início, mas depois veio a estacionar na cultura dos cereais e só muito mais tarde se deu início à plantação de café e algodão. São Luís do Paraitinga se caracterizou principalmente pelo desenvolvimento de suas agroindústrias. Essas atividades alimentavam um animado comercio de natureza regional. Na década de 1920 a 1930, a rapadura teve uma importância significativa no mercado urbano da cidade. Na época, São Luís teve um salto grande na sua população, sendo que em 1920 São Luís possuía 1.787 habitantes e em 1935 já possuía 15.129 habitantes. A partir da década de 30 a pecuária leiteira começou a ganhar importância, e hoje se Constitui juntamente com uma agricultura de subsistência, nas principais atividades econômicas do município. Na zona rural as fazendas, construídas em taipa e pedra, são ainda conservadas em seus aspectos originais, que representam a fase de prosperidade de São Luís do Paraitinga.
Hoje a cidade se tornou mais uma das estâncias turísticas do estado de São Paulo, renovando as energias de nossos cidadãos para continuarmos nossa história. Mas nos primeiros dias de 2010, a cidade sofreu com uma forte enchente do Rio Paraitinga que a fez perder oito de seus edifícios históricos, incluindo a Igreja Matriz do município, construída no século XVII. A Igreja Matriz do município era o principal símbolo da cidade e desabou sobre si mesma devido à chuva.
Origem do nome: Paraitinga é o nome do Rio onde, desde os tempos dos Bandeirantes havia um posto avançado por onde passavam o café e o ouro mineiro. Ao ser fundada a povoação em 1.769, o nome foi São Luís e Santo Antonio do Paraitinga, sendo mudado depois para São Luís do Paraitinga, quando o padroeiro passou a ser São Luís, Bispo de Tolosa. Parahytinga: De origem indígena: Da língua Tupi-Guarani - "Águas Claras"

Por Paulo Henrique e Raíssa Fernanda

Igaratá: História


Exibir mapa ampliado

História

O nome “Igaratá” vem do Tupi – “Igara” significa barco/barca, canoa indígena. O significado mais conhecido é “canoa alta”, porém há registros do significado ser “canoa grande”, ou "canoa forte ou resistente".
Não há registros que conte toda a origem do povoado de Igaratá. Nascida no fundo do vale do rio do Peixe, quase na confluência do rio Jaguari, surgiu o pequeno amontoado de casas em torno de uma capela. Nem mesmo anotações batismais ou de casamentos registram a passagem das missões pela aldeia. O primeiro registro oficial marca o início da primeira fase da história da cidade. No dia 19 de abril de 1864, a Capela de Nossa Senhora do Patrocínio é levada à categoria de Freguesia e anexada à Comarca de São José dos Paraitininga. Quatro anos depois, no dia 9 de Maio de 1.868, a Freguesia muda de Comarca, com anexação ao município de Santa Isabel.
Em 23 de abril de 1863, com o mesmo nome, pela lei n.º 80 do Imperador, foi transformada em Município e anexada à comarca de Jacareí. O nome Igaratá, denominação de canoas com encostados altos, utilizada pelos índios guaranis que viviam na região passou a designar o nome da cidade em 22 de dezembro de 1.906, através da lei n.º 1402.
Como município, constituiu-se apenas como distrito de paz de Igaratá, e assim foi até que, em 21 de Maio de 1934, o município foi extinto e anexado novamente a Santa Isabel. Em 1.954, pela lei 2456 de 30 de Dezembro tornou-se novamente independente e, emancipado administrativa e politicamente, condições em que permanece até hoje.
No início dos anos 60, surgiu o projeto de construção de uma represa que produzisse energia para satisfazer as necessidades de desenvolvimento do Vale do Paraíba. Por sua condição de ribeirinha do rio Jaguari, decidiu-se sacrificar o município. Com muitos esforços e dedicação das autoridades municipais, em 1968 surgiu a esperança de se reconstruir a cidade em outro sítio. Em 24 de abril de 1969 chegaram às primeiras máquinas para a construção da Nova Igaratá, marcando o início da Segunda fase da história do Município.
A “Nova Igaratá” nasceu, oficialmente, em 5 de dezembro de 1969, a três quilômetros da “Igaratá velha”. Todos os moradores da velha foram transferidos para a nova cidade, construindo suas casas em terreno doado pela CESP (Centrais Elétricas de São Paulo). Os que eram de fora ou não moravam na cidade velha poderiam comprar terrenos, se quisessem, e no início o preço era bem baixo para incentivar e promover o progresso local. Aos poucos foi construído ginásio, escola, delegacia de polícia, prefeitura e outras repartições.

Por Flávia Carina do Amaral Comineli

São Bento do Sapucaí: Geografia e História


Exibir mapa ampliado

Geografia

São Bento do Sapucaí abriga um dos pontos mais altos do estado de São Paulo, o complexo do Baú, que é formado por três montanhas de pedra: Bauzinho, Pedra do Baú e Ana Chata. O local é visitado por muitos turistas durante todo o ano.

Localização estadual: Leste do Estado de São Paulo nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, compondo o Alto do Sapucaí

Área: 279 km²

Altitude: Média – 920m (cidade) Pico – 2050m (Pedra do Baú)

Coordenadas geográficas: Latitude 22º 41 – Sul, Longitude 45º 44 – Oeste

Clima: Temperado.

Hidrografia: Pertence à Bacia Hidrográfica da Serra da Mantiqueira e seus principais afluentes são: o Rio Sapucaí Mirim, Ribeirão do Paiol Grande, Ribeirão do Baú e Córrego do Serrano.

Temperatura: Mínima de -2º, máxima de 33º Celsius.

Tipologia: Estância climática.

Topografia: Acidentada.

Relevo: Montanhoso.

Limites: Estado de São Paulo: Campos do Jordão à leste, Santo Antônio do Pinhal ao sul; Estado de Minas Gerais: Sapucaí Mirim ao sul, Paraisópolis ao norte, Gonçalves a oeste, Brasópolis e Piranguçu a noroeste.

População: 10.355 habitantes
Urbana: 4.627 - Rural: 5.728

Número de eleitores: 7.940 (2004)

Possui uma área de 251,27 km². A densidade demográfica é de 44,60 hab/km². São Bento do Sapucaí abriga um dos pontos mais altos do estado de São Paulo, o complexo do Baú, que é formado por três montanhas de pedra: Bauzinho, Pedra do Baú e Ana Chata. O local é visitado por muitos turistas durante todo o ano.


História

As origens históricas da Estância Climática de São Bento do Sapucaí remontam ao bandeirismo e a mineração. Como se sabe, a descoberta de ouro nas "Gerais" ao final do século XVII serviu como um bálsamo aos frustrantes dois séculos iniciais da colonização portuguesa no Brasil. Na corrida pelo ouro, partindo de Taubaté e São Paulo de Piratininga, abriu-se diversos caminhos transpondo a Serra da Mantiqueira por seus desfiladeiros (Buquira, Piracaia, Embahu e Piracuama) rumo à região das minas (Minas Gerais). Acreditava-se que a região de Itagiba (atual Itajubá) escondia grandes minas de ouro.
Sabendo disso, partem aventureiros de Taubaté e Pindamonhangaba rumo aos altos azuis da Mantiqueira, seguindo pelo desfiladeiro do Piracuama e alcançam o "alto da serra", de onde vislumbram gigantescos bosques, florestas densas e escuras, lombadas côncavas e imensos declives acidentados, chegando, no início do século XVIII, ao planalto onde se encontra esculpido o Vale do Sapucaí Mirim de onde prosseguiram ao seu destino (Itagiba). Entusiasmado com a beleza e singularidade dos ares das acidentadas terras do Alto do Sapucaí, o bandeirante Gaspar Vaz da Cunha procurou convidar paulistas do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Vale do Sapucaí e mineiros do sul das Gerais intuindo a colonização do vale situado ao alto da serra. Convite que não foi aceito pelos das minas, fascinados pelo ouro. 
Ficou na dependência dos aventureiros valeparaibanos o lento povoamento da região. A população sambentista originou-se de famílias tradicionais de Pindamonhangaba e Taubaté que se instalaram na região com suas fazendas de criação de gado. Transpuseram a Serra da Mantiqueira com seus familiares e escravos e se fixaram no Vale do Sapucaí, onde desenvolveram uma agricultura de subsistência. Em 1724, ao início da colonização, formava-se uma vasta fazenda de criação de gado vacum, que servia também como ponto de comunicação entre as capitanias das Minas e São Paulo. Ao final do século XVIII, as terras frias e férteis do Vale do Sapucaí causaram inveja aos sesmeiros das minas de Itagiba, entre eles João da Costa Manso, que não media esforços para tomá-la. Nesta época o fazendeiro e fundador de São Bento, José Pereira Álvares lutou como paulista para defendê-la, ao lado de Inácio Caetano Vieira de Carvalho que se instalou, no alto da Serra da Mantiqueira, na Fazenda Bonsucesso. Essa briga iniciou uma luta aberta entre paulistas e mineiros que só terminou em 1823 quando morreram Vieira de Carvalho e Costa Manso. 
Os Vieira de Carvalho venderam a Fazenda Bonsucesso ao brigadeiro Jordão que mudou o nome da fazenda para Natal, mas ficou conhecida como os "Campos do Jordão". De fato, é de cunho paulista a posse das mesmas, considerando que mesmo os mineiros da região de Itagiba descendiam dos desbravadores oriundos do Vale do Paraíba. Encontram-se, assim, duas frentes de povoamento: a paulista que subia a Serra da Mantiqueira, vindo do Vale do Paraíba pelo Piracuama; e a mineira (paulista de origem, mas estabelecida em Minas ao tempo da mineração), vinda de Camanducaia e Pouso Alegre. São Bento do Sapucaí situa-se nas terras da mais antiga fazenda da região. 
Havia em um sítio doado por Salvador Joaquim Pereira e sua mulher uma capela construída para São Bento, padroeiro escolhido pelos colonos e escravos em razão de ser o local habitado à época por muitas serpentes venenosas. Este local era denominado Guarda Velha e situava-se à margem da estrada que hoje liga Campos do Jordão - Rodeio - São Bento do Sapucaí, próximo a Sant'Ana do Sapucaí Mirim, povoado mineiro. Por volta do ano de 1822, os agricultores residentes às margens do Rio Sapucaí Mirim, tencionaram erigir uma capela dedicada a Nossa Senhora Mãe dos homens, no local onde hoje se ergue a atual Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Por motivo de constantes rixas com os habitantes do município mineiro de Camanducaia eles foram obrigados a paralisar as obras de construção da capela. Pouco tempo depois, José Pereira Álvares e sua mulher, Dona Ignez Leite de Toledo, doaram ao São Bento uma grande extensão de terras, com o fim de nela erigir uma igreja sob a invocação deste milagroso santo. O povo, em procissão transladou então a imagem de São Bento da Capela da Guarda Velha do Sapucaí Mirim para o local onde hoje se ergue majestosa a Igreja Matriz de São Bento. Enquanto se edificava o templo, o vigário encomendado, Padre Manuel Alves Coelho, lavrou o primeiro assento de batismo em uma casa particular, no dia 3 de fevereiro de 1828. O povoado cresceu célebre sendo elevado à freguesia pelo Decreto de 16 de agosto de 1832, ficando esta a data de sua fundação, vila pela Lei n.º 23 de 16 de abril de 1858, à cidade pela Lei n.º 49 de 30 de março de 1876, substituindo-se, então, de São Bento do Sapucaí Mirim para São Bento do Sapucaí somente. Foi elevada a Estância Climática de São Bento do Sapucaí, pela Lei n.º 9.700, de 26 de janeiro de 1967. A parte judiciária pertenceu de 1832 a 1833, à Comarca da Capital de São Paulo; de 1833 a 1858, à Comarca de Taubaté; de 1858 à 1866, à Comarca de Guaratinguetá; de 1866 a 1877, novamente a Comarca de Taubaté; de 1877 a 1890, à Comarca de Pindamonhangaba, e finalmente a 10 de setembro de 1890, pelo Decreto n.º 64, de 30 de julho de 1890, foi instalada a nova comarca paulista de São Bento do Sapucaí, sendo seu primeiro Juiz de Direito, o Dr. Joaquim Albuquerque Lima. I
migração Além da formação de origem indígena e bandeirista, outros povos contribuíram para a formação da identidade de nosso povo. Os negros trazidos para a lavoura de café e fumo, depois portugueses e no final século XIX chegaram os primeiros imigrantes italianos. Os primeiros teria sido os da família Falchetta, por volta de 1880 e responsáveis pela propaganda das boas qualidades da terra, o que acabou por atrair, às voltas de 1889, outras inúmeras famílias, como os Puppio, os Chiaradia, os Caninéo, os Bevilacqua, os Metidieri, os Gargaglione, os Moliterno, os Catagnacci, os Fitipaldi, os Carmeluco (que introduziram o primeiro automóvel em São Bento), os Mantovani, os Olivetti, os Ricotta, os Rinaldi, os Priante, os Canjani, os Vitta, os Piazarolli, os Reale, etc. Estes imigrantes eram originários das regiões de San Severino Lucano e da Calábria, vieram para a lavoura, principalmente para a viti-vinicultura. As videiras espalhavam-se pelo município e o vinho era produzido artesanalmente como em suas regiões de origem, amassando-se as uvas com os pés. Adegas espalhadas pelos bairros abasteciam o comércio local e forneciam para o comércio das vizinhanças, inclusive para o Sul de Minas e Vale do Paraíba. Os italianos concentraram suas residências no Bumba que, por isso era conhecida como "colônia".

Por Danilo Machado e Rosane Alves de Souza